1 de março de 2013 - 14h34
O secretário de Estado da Saúde anunciou hoje que, a partir de abril, serão divulgados trimestralmente dados comparativos dos vários hospitais públicos relativamente aos indicadores económico-financeiros, de qualidade, de acesso e outros.
Segundo Manuel Teixeira, o objetivo é “aumentar a boa competição entre hospitais e prestadores, o que é essencial para a boa concorrência e será um pré-requisito para potenciar a liberdade de escolha dos utentes”.
Falando na sessão de abertura do encontro “PPP em Saúde”, que decorre no Porto por iniciativa da Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte, Manuel Teixeira afirmou que se tratará de um “salto qualitativo” relativamente aos dados atualmente já divulgados pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) relativamente aos hospitais com o estatuto de entidade pública empresarial (EPE) e aos hospitais do setor público administrativo (SPA).
Conforme sustentou, será também “muito importante” que neste diagnóstico periódico estejam contempladas as parcerias público-privadas (PPP) na saúde, que incluem os hospitais de Braga, Loures, Cascais e Vila Franca de Xira.
“Tem que haver um esforço para que haja informação mensal sobre os hospitais e é importante que as PPP aí estejam também”, disse.
O secretário de Estado explicou terem sido escolhidos “um conjunto de indicadores de natureza económico-financeira, de qualidade, de acesso e outros”, tendo os hospitais sido “juntos por grupos comparáveis”.
Não se tratará de ranking
“Todos os três meses vão sair indicadores que os comparam”, disse, esclarecendo que não se tratará de um ‘ranking’, no sentido em que não haverá um 1.º, 2.º ou 3.º classificado, pretendendo-se antes “dar informação que permita que a gestão interna se compare com os hospitais comparáveis” em aspetos como “o custo de pessoal por doente, as horas médico/enfermeiro por doente ou a demora média”.
O objetivo, frisou, é “permitir que, de forma sistemática, os hospitais se comparem entre eles e procurem aproximar-se dos melhores de cada grupo”.
Lusa