“Não poderia ter havido uma melhor abordagem [na vacinação], porque nós, os profissionais de saúde, é que estamos na linha da frente”, afirmou Gilberto Manhiça, em declarações à emissora pública Rádio Moçambique.
A classe, prosseguiu, está numa situação de maior exposição à infeção pelo novo coronavírus e é também um vetor de propagação da doença.
Dados oficiais indicam que desde março, quando foi registado o primeiro caso em Moçambique, pelo menos 2.805 profissionais de saúde foram infetados e, deste grupo, 22 morreram.
No plano de vacinação, que deverá ser lançado oficialmente nos próximos dias, o Governo moçambicano pretende também dar prioridade a outros grupos expostos, com destaque para a polícia.
Moçambique recebeu da China um total de 200 mil doses da vacina Verocell, incluindo seringas, fabricada pela farmacêutica chinesa Sinopharm.
Trata-se do primeiro lote de vacinas contra a covid-19 no país, que também aguarda pela sua parte no âmbito do mecanismo internacional Covax, da Organização Mundial de Saúde (OMS).
Cerca de 60% do primeiro lote de 200 mil vacinas que Moçambique recebeu são destinadas aos profissionais de saúde moçambicanos que estão na linha da frente no combate à covid-19.
Moçambique contabiliza 665 mortes por covid-19, tendo também um total acumulado de 59.914 casos, 71% dos quais recuperados e outros 199 internados.
A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.539.505 mortos no mundo, resultantes de mais de 114,3 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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