“Com o início de funções da nova clínica, que se prevê que aconteça durante a primeira quinzena de setembro, os 7.912 utentes da USF ficarão com médico de família atribuído”, afirma a ARS do Centro em comunicado.

O organismo do Ministério da Saúde presidido por Rosa Reis Marques tomou esta posição na sequência de uma nota na qual a estrutura do PSD naquele município do distrito de Coimbra alertava hoje para a falta de médicos, o que coloca a USF local de Santo André numa “situação crítica”.

10 melhores países para gozar a reforma
10 melhores países para gozar a reforma
Ver artigo

“O PSD entende que dois ou três médicos não têm capacidade de resposta para os doentes que fazem parte dos ficheiros clínicos desta USF”, afirmou em comunicado a secção concelhia do partido.

Mais um clínico a caminho

A Unidade de Saúde Familiar de Santo André “encontra-se a funcionar presentemente com cinco médicos, todos com ficheiro completo, aguardando-se, a curto prazo, a colocação de mais uma médica do concurso de mobilidades”, que já terminou. “Começa a trabalhar no início de setembro”, reitera a ARS.

A situação da “falta de médicos na USF é de tal maneira grave que, durante o mês de julho, ficou ainda mais crítica pela saída de três médicos, em particular com a saída do doutor Vítor Silva, que apesar de já reformado se mantinha ao serviço”, lamentou hoje o PSD local, numa posição noticiada pela agência Lusa.

Em diferentes ocasiões, os utentes “depararam-se com o seguinte inadmissível aviso: ‘Por motivos de carência de profissionais, não há consultas médicas’”.

O vereador do PSD Pedro Coelho “alertou para esta situação e, conjuntamente com os eleitos por este partido”, na Assembleia Municipal e nas freguesias, contactou aquele médico para “voltar a prestar a sua colaboração na USF de Santo André, a fim de minimizar as dificuldades, uma vez que sem a sua permanência a situação seria de completa rotura”.

O clínico mostrou-se “sensibilizado por este pedido e pelo de todos os profissionais desta unidade”, tendo regressado ao serviço na quarta-feira, “o que irá minimizar os constrangimentos para os que precisam de ser atendidos”, informou hoje o partido.

Contudo, o regresso do médico “não é suficiente, é preciso que as entidades competentes façam mais para que em Vila Nova de Poiares haja o número de profissionais suficientes e que estes façam parte do quadro de pessoal”, defende.

No concelho, o PSD está na oposição desde 2013, depois de Jaime Soares (atual presidente da direção da Liga dos Bombeiros Portugueses e da mesa da assembleia geral do Sporting Clube de Portugal) ter liderado a autarquia durante quase 40 anos, desde o 25 de Abril de 1974.

O PSD perdeu então a presidência da Câmara Municipal para o PS, tendo o socialista João Miguel Henriques sido reeleito para um segundo mandato no cargo, nas autárquicas de 2017.