12 de maio de 2014 - 14h44
Um novo tratamento de acetato de ulipristal para tratar os miomas uterinos, comparticipado em Portugal desde o início do mês, reduz o volume dos tumores em 80% dos casos, segundo especialistas médicos. O medicamento é comercializado pela Gedeon Richter Plc., com o nome Esmya.
A notícia é avançada pelo Correio da Manhã.
A terapêutica, sob a forma de comprimidos durante três meses, pode evitar uma cirurgia ou converter uma cirurgia radical, como a histerectomia, num procedimento minimamente invasivo.
"Verificou-se que mais de 90% das mulheres tiveram os sintomas controlados. A substância diminuiu a hemorragia uterina e a anemia. Reduz ainda o volume do tumor, que é muito importante. Em alguns casos, os resultados são tão bons que as mulheres conseguem engravidar", explicou Jacques Donnez, investigador principal do estudo internacional sobre miomas uterinos, em Glasgow (Escócia), à margem do Congresso Europeu de Ginecologia.
A presidente da Sociedade Portuguesa de Medicina da Reprodução, Ana Teresa Santos, salienta a possibilidade de as mulheres recuperarem a fertilidade. "Os miomas uterinos afecam cerca de dois milhões de portuguesas: 40 a 50% das cirurgias podem ser evitadas. Por ano realizam-se 10 mil histerectomias em Portugal", cita o referido jornal.
O Infarmed aprovou o medicamento em fevereiro de 2012. 
Não são conhecidas as causas que levam ao aparecimento dos miomas uterinos, sabe-se contudo que o seu crescimento é estimulado pelas hormonas sexuais femininas, estrogénios e progesterona, e que podem aumentar de dimensões até à menopausa.
 Por SAPO Saúde