O MamaHelp, centro de apoio a doentes com cancro da mama, reúne amanhã, quarta-feira, especialistas de todo o país para debater porque é que em Portugal não se realizam ensaios clínicos nesta área da saúde.

Em comunicado, o centro recorda que os ensaios clínicos permitem aos doentes em cujos países se realizam o contacto com determinados medicamentos anos antes de eles chegarem ao mercado.

"Infelizmente, são poucos os ensaios clínicos disponíveis em Portugal. Devido à excessiva morosidade e custo da abertura de ensaios clínicos no nosso país, a maioria das grandes indústrias farmacêuticas deixou de incluir Portugal no grupo de países onde ativam os seus estudos. Igualmente, a falta de uma estrutura organizada tem dificultado muito a participação de Portugal”, refere o MamaHelp.

Desta forma, alerta o centro, "os doentes oncológicos portugueses só têm acesso aos novos tratamentos quanto estes chegam ao mercado, ou seja, vários anos depois dos doentes oncológicos de outros países europeus".

O debate reúne na Fundação Cupertino de Miranda nomes como Fátima Cardoso, diretora da Unidade de Cancro da Mama da Fundação Champalimaud, Nuno Miranda, diretor clínico do IPO de Lisboa, José Dinis Silva, responsável pela Unidade de Investigação Clínica do IPO do Porto, e Nuno Costa, medical advisor da Pfizer Oncology.

Esta iniciativa, integrada nas atividades do primeiro Centro MamaHelp, tem como objetivo "esclarecer o público sobre a problemática dos ensaios clínicos e iniciar uma discussão aberta, no sentido de se encontrarem soluções que permitam facilitar a abertura destes importantes estudos em Portugal, facilitando assim, aos doentes portugueses, o acesso a novos tratamentos oncológicos".

12 de abril de 2011

Fonte: LUSA/SAPO