“Vamos ter um ‘open day’ no próximo sábado. Queremos vacinar mais rapidamente possível entre os 12 e os 17 anos, usando as vacinas que são recomendadas pela Agência Europeia do Medicamento, que são a Johnson e a Pfizer”, declarou Pedro Ramos no decorrer da visita que efetuou hoje ao Centro de Vacinação do Funchal.

O governante explicou que a vacina da Johnson será administrada “a partir dos 18 anos para os indivíduos do sexo masculino”, enquanto com a Pfizer serão inoculados os “jovens entre os 12 e 17 anos”.

“Não será preciso fazer agendamento”, devendo as pessoas deslocar-se ao Centro de Vacinação do Funchal, localizado no Madeira Tecnopolo, salientou o responsável da Saúde madeirense.

Pedro Ramos argumentou que, embora a “vacinação seja facultativa, portando não obrigatória”, constitui “um ato de cidadania quando temos problemas de saúde pública e queremos controlar no que diz respeito a esta pandemia que tem afetado a todos”.

“Estamos a vacinar as crianças e todos os escalões etários estão a ser protegidos”, sublinhou o governante do executivo insular.

Pedro Ramos mencionou que as autoridades de saúde estão a promover os “open day” para vacinar as pessoas “o mais rápido possível”, tendo decorrido hoje a segunda ação no Funchal.

Na quarta-feira vai haver um “open day” no município de Câmara de Lobos e, na quinta-feira, em Santa Cruz, “porque estes dois concelhos têm um índice de envelhecimento mais baixo” e têm taxas de vacinação inferior a 60% na administração da primeira dose e 50% da vacinação completa, referiu.

“Queremos nivelar todos os concelhos da região e daí este ‘open day’ para a AstraZeneca, das quais ainda temos vacinas disponíveis e também não queremos perder nenhuma”, vincou.

Pedro Ramos complementou que o objetivo é sensibilizar para “a população aderir em massa a esta campanha de vacinação para estarem mais rapidamente todos protegidos”.

Também reforçou que a imunidade de grupo na região deve ser atingida no “final de setembro ou primeira quinzena de outubro”, porque os valores já não são de 70% da população vacinada, mas “85 ou 90% para também controlar o aparecimento de novas variantes” do covid-19.

De acordo com o contador ao minuto, na Madeira, cerca das 11:50 de hoje tinham sido administradas 288.670 vacinas contra a covid-19.

Os dados oficiais apontam que mais de 51% da população residente na região já tem a vacinação completa e que 62,5% está parcialmente vacinada.

A Direção Regional da Saúde (DRS) informou na segunda-feira que a Madeira registou 15 novos casos de infeção por SARS-CoV-2, tem 234 situações ativas, sete doentes internado nas unidades polivalentes do Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, e nenhum nos cuidados intensivos.

A região mantém os 74 óbitos, tendo a última morte ocorrido no passado sábado, um homem com 80 anos, com comorbilidades associadas.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 4.163.235 mortos em todo o mundo, entre mais de 194,1 milhões de casos de infeção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência France-Presse.

Em Portugal, desde o início da pandemia, em março de 2020, morreram 17.301 pessoas e foram registados 954.669 casos de infeção, segundo a Direção-Geral da Saúde.

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru.