A administração norte-americana está a "agir duma maneira que vai acabar com a investigação e limitar a comunicação em tópicos científicos que considera politicamente inconvenientes", escreve o British Medical Journal (BMJ), uma das mais reconhecidas publicações mundiais.

Os editores da publicação apontam para restrições nos contactos entre departamentos da saúde e do ambiente e para a alegada censura de informação científica em páginas do Governo na Internet.

O BMJ critica a revogação do sistema de saúde montado durante a presidência de Barack Obama nos Estados Unidos e opõe-se à reforma da entidade que fiscaliza os medicamentos e os alimentos, retirando-lhe capacidades.

A publicação salienta que os Estados Unidos são "uma nação poderosa com uma influência profunda na saúde da população mundial" e que as más decisões ali tomadas podem "prejudicar os esforços para criar um mundo mais saudável e mais forte".

Na visão do mundo do BMJ tratam-se "refugiados e migrantes com dignidade e hospitalidade", apoia-se a saúde feminina e condenam-se "a tortura e outros abusos de direitos humanos", todos temas sobre os quais Trump fez declarações polémicas.

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