Os dados oficiais registam 20.365 novos casos de infeção, dos quais 5.773 correspondem à cidade de Tóquio, que também contabiliza o número diário mais elevado desde o início da pandemia.
O elevado nível de infeções diárias em Tóquio, causadas pela variante delta, levou o sistema de saúde da capital ao limite, com mais de metade das camas hospitalares para doentes com covid-19 ocupadas.
“Estamos perante a maior crise desde que a pandemia começou, o que equivale a um desastre. Queremos pedir a todos que atuem para proteger as suas vidas”, disse o governador de Tóquio, Yuriko Koike, citado pela agência EFE.
O presidente da Associação Médica de Tóquio, Ozaki Haruo, aludiu também a uma situação de catástrofe.
“O Japão encontra-se agora numa situação de catástrofe. Já não nos encontramos numa fase em que se pensa que a doença afeta apenas aqueles que saem à noite”, afirmou Ozaki Haruo, citado pelo canal público NHK.
O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, apelou à população para evitar viajar durante estes dias de verão, precisamente quando o país celebra um festival (Obon) em honra dos antepassados em que as famílias se reúnem.
O Japão mantém um alerta sanitário em Tóquio e outras regiões do arquipélago desde julho e até ao final de agosto.
Desde o início da pandemia, o Japão registou mais de 15.300 mortos por covid-19 em cerca de 1,1 milhões de casos de infeção.
A nível mundial, a covid-19 provocou mais de 4,3 milhões de mortos em mais de 205,3 milhões de casos, segundo um balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China.
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