Segundo a Proteção Civil italiana, o número de contágios desde que foi detetado o primeiro caso, em 21 de fevereiro, é agora de 29.328, havendo 1.900 novos casos desde sexta-feira, um registo em linha com o dos últimos dias.

O número de casos positivos é agora de 100.704, uma redução de 239 nas últimas 24 horas, sendo que há 79.914 pessoas curadas, registando-se também uma diminuição do número de internados e em cuidados intensivos.

A pandemia do novo coronavírus causou mais de 240.000 mortos no mundo, dos quais mais de 85% na Europa e nos Estados Unidos, desde que apareceu na China em dezembro, segundo um balanço da agência France Press.

Creches italianas reabrem em junho antes de uma "revolução educativa" no país

As escolas continuarão fechadas até setembro, em Itália, mas as creches e os jardins de infância podem reabrir em junho, antes do lançamento de uma reforma dos métodos de ensino, indica hoje a imprensa italiana.

A reabertura será feita para pequenos grupos de três a seis crianças dos 0 aos 6 anos, cuja temperatura será controlada à entrada, escreve o diário Corriere della Sera, citando um projeto do Ministério da Educação.

As crianças não precisam de máscara, mas o pessoal educativo é obrigado a utilizá-la.

Muitos em Itália assinalam que o encerramento até setembro das escolas penaliza em particular as mulheres que trabalham, mas o primeiro-ministro, Giuseppe Conte, insistiu várias vezes no potencial de contágio das crianças e no risco de um recrudescimento da pandemia e na infeção dos professores.

A Itália conta com o corpo docente mais velho dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), com quase 60% dos professores com mais de 50 anos.

Mais de 8,5 milhões de jovens italianos não têm aulas desde o início do confinamento no país, em 10 de março. Devido à falta de computadores em casa, muitos não puderam acompanhar os programas escolares à distância.

No jornal La Repubblica, o chefe da comissão encarregada de preparar o reinício das aulas em setembro, Patrizio Bianchi, alertou para a necessidade de o ensino ser alvo.

Segundo o responsável, três mil milhões de euros devem ser investidos anualmente durante cinco anos para restruturar um sistema educativo sem fôlego e desenvolver o ensino à distância.

Bianchi quer criar “uma grande plataforma digital inteiramente dedicada à educação escolar”, que “será a base de um novo estilo de ensino”.

Pretende também desenvolver a escola ao ar livre: “Trentino [norte] deverá tirar proveito dos seus bosques, Milão, dos seus museus, Roma, dos seus parques”, disse.

A disposição dos alunos na sala também deverá ser repensada, com menos crianças dispostas em semicírculo e não em filas. E os professores devem ser revalorizados, adiantou Bianchi.