Segundo a fonte, a decisão é da responsabilidade das autoridades italianas, embora a Comissão Europeia não se tenha manifestado contra a medida.
O jornal italiano La Reppublica menciona na sua edição eletrónica que se trata de uma remessa de 250.000 doses da vacina.
Uma fonte diplomática próxima ao caso informou que as "autoridades italianas competentes" receberam do laboratório um pedido de autorização de exportação, embora após consultas junto da Comissão Europeia o governo tenha decidido pela negativa, ou seja, não permitir a sua exportação para a Austrália.
UE de acordo com a medida
"A proposta italiana de negação de autorização teve o apoio da Comissão Europeia", garantiu a fonte diplomática, que acrescentou que o ministério italiano das Relações Exteriores "emitiu a negação de exportação no mesmo dia em que a Comissão informou Itália que estava de acordo com a medida".
No dia 28 de janeiro, sob forte pressão devido às dificuldades da AstraZeneca em distribuir o número negociado de doses da vacina, a UE anunciou um sistema de controlo para a exportação do produto.
O sistema, denominado "Mecanismo de Licenciamento e Transparência de Exportação", visa recolher informações sobre a produção de vacinas contra a COVID-19 enviadas para fora da UE.
Autoridades da UE disseram na época que se tratava de uma "medida de emergência" e não era dirigida a nenhum laboratório em particular, mas claramente oferece aos Estados-membros a capacidade de vetar o envio de remessas para fora do bloco se não forem consideradas "legítimas".
Ao anunciar este novo sistema de controlo, uma fonte que falou sob condição de anonimato garantiu que não se tratava de uma "proibição de exportação", embora tenha admitido que a recusa de autorizar a venda poderia ocorrer "em casos raros".
Assim, a Itália é o primeiro país da UE a usar esta prerrogativa. Em Itália, 1,52 milhões de pessoas já foram vacinadas, principalmente profissionais da saúde e idosos. Com uma população de cerca de 60 milhões de habitantes, o país já aplicou 4,8 milhões de doses no total.
Mais de 2,56 milhões de mortos
Portugal registou hoje 28 mortes relacionadas com a COVID-19, o valor mais baixo desde 27 de outubro, e 830 novos casos de infeção com o novo coronavírus, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS). A 27 de outubro Portugal registou também 28 óbitos.
O boletim da DGS revela também que estão internados 1.708 doentes (menos 119 do que na quarta-feira), o valor mais baixo desde 26 de outubro, dia em que estavam hospitalizadas 1.672 pessoas.
Nos cuidados intensivos Portugal tem hoje 399 doentes (menos 16 em relação a quarta-feira), o valor mais baixo desde 13 de novembro, dia em que estava, 388 pessoas nestas unidades.
A pandemia de COVID-19 provocou, pelo menos, 2.560.789 mortos no mundo, resultantes de mais de 115,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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