Em declarações a propósito da comemoração dos 42 anos de funcionamento do instituto, o presidente do IPO/Porto, Laranja Pontes, disse que se trata de “uma instalação modelar única com dois mamógrafos, um dos quais custou cerca de 450 mil euros, e dois ecógrafos que vão permitir a complementaridade de exames e duplicar a capacidade de resposta do Instituto nesta área”.

Na cerimónia dos 42 anos do IPO/Porto, que se assinalam segunda-feira, será também apresentado o novo plano estratégico (2016-2018), que segundo Laranja Pontes “irá continuar a apostar na capacitação do doente e na melhoria da qualidade dos cuidados de saúde”.

Para o presidente do IPO-Porto, “a revolução na saúde nos próximos anos está muito associada ao mundo digital, por isso o instituto pretende capacitar os seus doentes de ferramentas que lhes permita utilizar os dispositivos móveis para comunicar com o Instituto”.

O novo plano estratégico irá “reforçar a aposta na inovação, nas redes colaborativas e novos programas operacionais, mantendo a reputação como instituição de referência na prestação de serviços de saúde na área da oncologia”, acrescentou Laranja Pontes.

“Queremos integrar uma estrutura que começa a desenhar-se na Europa e que se chama Cancer Core Europe – que inclui um conjunto de instituições que são reconhecidas pela sua dimensão, qualidade e investigação”, disse.

Isso implica “fortalecer cada vez mais a nossa componente de investigação” e, para isso, “vamos assinar um consórcio ainda mais robusto com o i3S” - Instituto de Investigação e Inovação em Saúde, que integra várias unidades de investigação da Universidade do Porto, referiu.

“Esta é uma estrutura de investigação muito forte que associado a um hospital de grandes dimensões como o nosso, com 10 mil novos doentes por ano, tem perspetivas de reconhecimento internacional muito mais fortes. É isso que estamos a tentar fazer, juntar-nos para sermos mais robustos”, frisou.

Outro dos objetivos do novo plano estratégico será reforçar a relação com os doentes, sem que para isso sejam necessárias consultas presenciais. Ou seja, explicou, “iremos reforçar com mais meios humanos o centro de contactos que se encarregará de fazer inquéritos quando os doentes vêm a tratamentos, introduzindo depois essa informação na respetiva ficha clínica”.

“O médico fica a saber o que se está a passar e não precisa do doente cá, podendo-se espaçar mais as consultas. Vai dar origem a mais comodidade para os doentes, menos despesa e mais controle da situação pela nossa parte”, sustentou.

O presidente do IPO/Porto congratulou-se ainda com o facto de o instituto ser o hospital nacional com maior Índice de Case-Mix (proporção de doentes com patologias complexas) e o segundo (depois do IPO/Coimbra) mais barato, no que se refere ao preço por doente padrão tratado.