“Sabemos que investindo um euro na Segurança e Saúde no Trabalho (SST) podemos ter um retorno que vai de 2,5 euros a 4,8 euros”, afirmou a responsável no seminário “Sono, saúde e Bem-estar no Trabalho e sua influência nos riscos psicossociais”, que hoje se realiza na Maia, distrito do Porto.

Segundo a responsável, é muito importante fazer uma avaliação dos riscos psicossociais no trabalho e depois implementar medidas para a prevenção de situações geradoras de stresse e promoção de ambientes de trabalho saudáveis.

“Quatro em cada dez pessoas [inquiridas em 2013 no âmbito de um estudo realizado na União Europeia] consideram que o stresse não é gerido corretamente no seu local de trabalho”, alertou Emília Telo.

Dirigido à população da Maia, designadamente os funcionários da autarquia, este seminário visa “consciencializar empregadores e trabalhadores para a gestão destes riscos psicossociais”.

Emília Telo destacou que o “stresse contínuo [no trabalho] vai levar a um esgotamento”, sendo que o trabalhador perde as suas capacidades para desenvolver o seu trabalho.

“A gestão destes riscos deve ser integrada na gestão de todos os outros”, frisou, acrescentando que só assim será possível combater o absentismo.

A vereadora dos Recursos Humanos da Câmara da Maia, Marta Peneda, afirmou que os riscos piscossociais e o stresse estão relacionados com o trabalho, sendo o seu impacto “significativo”.

“Na Câmara, constatamos que 80% do absentismo está relacionado com a doença e apenas os restantes 20% devem-se a acidentes de trabalho”, disse a vereadora, adiantando ser necessário “implementar práticas preventivas” junto dos 1.200 funcionários da autarquia.

Este seminário surge no âmbito da campanha europeia de consciencialização para a importância desta temática, promovida pela Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) e pela Agência Europeia para a Segurança e Saúde no Trabalho (EU-OSHA).

Esta campanha teve início em 2014 e prolongar-se-á até ao final do ano.