O Infarmed processou judicialmente o presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF) por "pôr em causa o bom-nome da instituição" ao ter lançado, em declarações do Parlamento, um conjunto de suspeitas sobre a política de comparticipações dos medicamentos em Portugal.
"São declarações que põem em causa o bom-nome do Infarmed, não por parte dos deputados, mas de alguém que esteve nesta comissão. Iniciámos a participação de um processo-crime, que está entregue", afirmou hoje o presidente da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed), Jorge Torgal, durante uma audição na comissão parlamentar de Saúde. O responsável esclareceu que a audiência foi pedida para dar aos deputados uma visão sobre o que é o Infarmed.
O presidente da ANF lançou, em Outubro do ano passado, um conjunto de suspeitas sobre a política de comparticipações dos medicamentos em Portugal e propôs a extinção da autoridade reguladora do sector, o Infarmed. João Cordeiro denunciou a situação da comparticipação de um medicamento anti-epilético que “apenas foi considerado inovador em Portugal”.
A situação levou mesmo o presidente da ANF a pedir uma investigação policial à comparticipação deste medicamento e à investigação farmacêutica em Portugal. A ANF frisa ainda que este medicamento não se encontra comparticipado em nenhum outro país da Europa e que apenas foi considerado inovador pela Autoridade Nacional do Medicamento.
05 de Janeiro de 2011
Fonte: Público
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