10 de fevereiro de 2014 - 10h19

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) anunciou que encaminhou 3036 doentes, no ano passado, para a Via Verde do AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Desde que foi criada, em 2006, aquela linha atendeu mais de 17 mil pessoas, segundo os números divulgados neste domingo.

Relativamente a 2013, os distritos com maior incidência destes casos foram Lisboa (742) e Porto (518), seguindo-se Braga (286) e Setúbal (263).

“Na maioria dos casos foi preciso decorrer entre 30 minutos a uma hora e 15 minutos desde o início dos sintomas para que fosse dado o alerta para o 112”, afirma o INEM em comunicado. O instituto lembra que quanto mais cedo forem identificados os sinais de AVC mais eficaz será o tratamento.

“Falta de força num braço, boca ao lado ou dificuldades em falar são alguns dos sinais súbitos de alarme que podem indicar a ocorrência de um AVC”, refere o documento, em que se alerta para a necessidade de a população saber identificar os sintomas e utilizar o 112.

Os dados de 2013 indicam ainda que em 65,3% dos casos, os meios de socorro chegaram ao local em menos de 19 minutos.

Os hospitais de São José, em Lisboa (324), Braga (265), São João, no Porto (262) e Penafiel (214) foram os que receberam o maior número de doentes encaminhados pela Via Verde do AVC.

O AVC é um défice neurológico súbito, motivado por uma deficiente circulação arterial ou hemorragia no cérebro, que só pode ser confirmado através de uma Tomografia Axial Computorizada (TAC). Continua a ser uma das principais causas de morte em Portugal.

“Manter hábitos de vida saudáveis, a prática de desporto de forma regular, evitar o tabaco e a vida sedentária são formas de prevenção eficazes e acessíveis a todo o cidadão”, sublinha o INEM.

Lusa