“Esta é uma questão conjuntural que decorre da situação de saúde pública em que nos encontramos. Estamos a acompanhar todo este processo, não só com as outras áreas governativas […], mas também muito através dos negócios estrangeiros, nas embaixadas, e, para já, não temos dados que nos permitam concluir sobre este efeito conjuntural nas exportações”, afirmou Maria do Céu Albuquerque, que falava aos jornalistas, em Lisboa, durante a visita ao salão de alimentação e bebidas SISAB.

No entanto, a governante garantiu que os produtos nacionais “têm a confiança dos consumidores em países terceiros”, devido à sua qualidade e segurança alimentar.

“Isso tem vindo a ser reconhecido, de tal maneira que, em 2019, o complexo agroalimentar foi dos que mais cresceu, nomeadamente com um acréscimo de 2,4%”, acrescentou.

De acordo com a líder do Ministério da Agricultura, estes dados transmitem “confiança” no trabalho dos agricultores e do executivo para a entrada em novos mercados.

Questionada sobre o reforço das medidas fitossanitárias para a importação de produtos, Maria do Céu Albuquerque referiu que a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) já adotou algumas medidas, por exemplo, criando condições para reforçar a segurança dos operadores que estão no terreno.

Esta “é uma questão conjuntural que requer da nossa parte uma atenção redobrada para podermos sair desta situação o mais rapidamente possível e sem o impacto que ninguém deseja”, vincou.

O surto de Covid-19, detetado em dezembro, na China, e que pode causar infeções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infetou mais de 93 mil pessoas em 78 países, incluindo cinco em Portugal.

Das pessoas infetadas, cerca de 50 mil recuperaram.

Além de 2.983 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas.

Um português tripulante de um navio de cruzeiros está hospitalizado no Japão com confirmação de infeção.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.