15 de julho de 2014 - 14h20
A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) vai abrir um procedimento de averiguações à morte de dois doentes por alegadamente não terem recebido a tempo um dispositivo para o coração, hoje denunciada pela Ordem dos Médicos.
Este organismo revelou hoje, durante uma conferência de imprensa, em Lisboa, que os dois doentes terão morrido enquanto se encontravam em lista de espera no Hospital de Santa Cruz para receber dispositivos médicos para tratar por via percutânea uma estenose aórtica de alto risco.
Questionado pela agência Lusa, fonte do gabinete do ministro da Saúde disse que, “como sempre acontece em casos de denúncias públicas resultantes de eventuais más práticas nas unidades de Saúde, a IGAS abrirá procedimento de averiguações”.
O presidente do conselho regional do Sul deste organismo, Jaime Teixeira Mendes, admitiu que a Ordem pode levar o caso aos tribunais, nomeadamente contra o conselho de administração da unidade hospitalar, que “tem conhecimento da situação”, e até o próprio ministro da Saúde, enquanto alegado responsável pelos constrangimentos financeiros que terão estado na base desta falta de material.
Além destas duas mortes, os médicos do Hospital de Santa Cruz que efetuaram a denúncia à Ordem garantem que a Unidade de Intervenção Cardiovascular “ficou sem capacidade de resposta desde o dia 04 de julho por falta de manutenção e material”.
Por Lusa