De acordo com o comunicado, a missão portuguesa de médicos está em Moçambique no âmbito do protocolo de financiamento assinado em abril de 2014 entre o instituto Camões, o Banco Millennium bim, a Fundação Millennium BCP e a Fundação Calouste Gulbenkian.

A missão portuguesa liderada pelo professor Henrique Queiroga, diretor do Serviço de Pneumologia do Hospital de São João, no Porto, tem na sua agenda uma semana de trabalho com a equipa do serviço de pneumologia do Hospital Central de Maputo.

De acordo com a nota, “o projeto, que está a ter um acompanhamento continuado, está já a contribuir para a melhoria dos cuidados integrados do serviço oncológico do Hospital Central de Maputo e tem vindo a desenvolver diversas ações de melhoria do rastreio, diagnóstico, tratamento e registo das doenças oncológicas, em estreita colaboração técnica e clínica com hospitais e institutos portugueses”.

Entre os hospitais que participam no projeto estão o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), o Centro Hospitalar de São João do Porto, o Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto, o Hospital Pedro Hispano e o Hospital Garcia de Orta.

O projeto abrange sete serviços do Hospital Central de Maputo e tem tido intervenção nas áreas de oncologia, anatomia patológica, imagiologia, radiologia, unidade da dor, cirurgia, farmácia e patologia clínica.

O projeto já atingiu 60% dos resultados pretendidos, nomeadamente aquisição de equipamento especializado para o sistema de injeção de contraste e monitorização de sinais vitais para ressonância magnética e formação especializada em Moçambique através de oito missões formativas e 32 formações especializadas de médicos, enfermeiros e técnicos moçambicanos em Portugal.

Até finais de 2016, segundo o comunicado, espera-se concluir as restantes missões de formação em Maputo e Portugal, finalizar a montagem do equipamento de apoio à ressonância magnética e adquirir 10 bombas infusoras para o serviço de oncologia, bem como alargar o âmbito de ação ao Hospital de Nampula.

O projeto, de acordo com a nota, enquadra-se nos objetivos e prioridades estabelecidos no Conceito Estratégico da Cooperação Portuguesa para Moçambique 2014-2020, nomeadamente do seu Eixo “Desenvolvimento humano e bens públicos globais”.

A iniciativa, com duração de dois anos e meio, “está em linha com a Estratégia da Cooperação Portuguesa para a Saúde, com o objetivo de fortalecer os sistemas de saúde, em particular dos serviços públicos, dos países em desenvolvimento, e com o quadro de referência estratégico das relações bilaterais entre os dois países”, referiu-se ainda no documento.

Já está agendada a próxima missão do projeto, que acontece entre 09 a 16 de abril, em que estarão presentes duas equipas de médicos no Hospital Central de Maputo - uma equipa do Hospital Garcia de Orta na Unidade de Dor e uma equipa do IPATIMUP no serviço de Anatomia Patológica.