Junto de todas estas pessoas vai também ser “promovida a higiene das mãos”, explica o Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ) numa norma hoje divulgada, proposta pela UPCIRA — Unidade Prevenção e Controlo da Infeção e Resistência aos Antimicrobianos e aprovada na segunda-feira pelo Conselho de Administração.
A determinação para que “seja promovida a higiene das mãos e disponibilizada máscara cirúrgica” abrange “todos os utentes” na admissão no “Serviço de Urgência, Consulta Externa, Hospital de Dia, para internamento programado ou realização de meios complementares de diagnóstico e terapêutica”, mas também “todos os doentes internados que tolerem, pelo menos durante os períodos de observação clínica ou prestação de cuidados”.
No caso dos doentes internados, a higiene das mãos e a disponibilização de máscara cirúrgica será ainda feita nos “transportes dentro do edifício hospitalar para a realização de procedimentos/exames subsidiários”.
No documento, o CHUSJ refere que a norma 007/2020 da Direção-Geral da Saúde determina que “deve ser fornecida máscara cirúrgica a todos os doentes, com ou sem sintomas respiratórios ou febre, no momento da entrada na unidade de saúde”.
“Por outro lado”, acrescenta, “no sentido de promover uma cultura de segurança, torna-se necessário que, para além dos profissionais de saúde e dos utentes, os eventuais acompanhantes e visitantes também usem máscara cirúrgica no interior do edifício hospitalar”.
Assim, o CHUSJ passa a promover a higiene das mãos e a disponibilizar máscara cirúrgica “a todos os profissionais externos, designadamente fornecedores, trabalhadores de empresas de transportes ou de quaisquer outros que, para desempenho das suas funções necessitem de ter acesso às instalações da instituição e estejam devidamente autorizados para o efeito”.
Os mesmos procedimentos vão ser adotados para “todos os acompanhantes autorizados, nomeadamente das grávidas, crianças e utentes com necessidades especiais”, bem como para “todos os visitantes autorizados”.
A DGS alargou na sexta-feira a recomendação de uso de máscara cirúrgica contra a covid-19 a profissionais “fora das instituições de saúde” que lidem com doentes ou suspeitos e aos que prestam “serviços essenciais” à população.
Na norma publicada na sexta-feira sobre “Equipamentos de Proteção Individual [EPI] para Não Profissionais de saúde”, a DGS diz que a máscara cirúrgica é “aconselhada fora das instituições de saúde” para quem possa “contactar diretamente com doentes suspeitos ou confirmados de covid-19″, bem como “com material utilizado pelos doentes”, nomeadamente “profissionais externos de manutenção de hospitais”, na “limpeza e serviços de alimentação” e na “manutenção de equipamentos” como “sistemas de ar condicionado”.
No domingo, o Conselho de Escolas Médicas Portuguesas (CEMP) defendeu o uso generalizado pela população de máscaras, para combater a pandemia da covid-19, com base em artigos científicos internacionais publicados sobre a matéria.
No mesmo dia, em entrevista à RTP1, a ministra da Saúde anunciou que a DGS pediu um parecer sobre o uso generalizado de máscaras para evitar a propagação da covid-19, tendo sido aconselhada a equacionar a medida.
Em Portugal, segundo o balanço feito na segunda-feira pela DGS, registaram-se 311 mortes devido à covid-19, mais 16 do que na véspera, e 11.730 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 452 em relação a domingo.
Dos infetados, 1.099 estão internados, 270 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 140 doentes que já recuperaram.
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até ao final do dia 17 de abril, depois do prolongamento aprovado na quinta-feira na Assembleia da República.
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