“Trata-se de um utente com 96 anos de idade, com múltiplas co-morbilidades e vários episódios de internamento anteriores no serviço de urgência”, esclarece o Centro Hospitalar Lisboa Ocidental (CHLO), em comunicado.

Sobre os procedimentos seguidos naquele serviço, o hospital conta que o doente deu entrada às 19h10 e foi imediatamente triado como muito urgente (pulseira laranja), tendo passado para observação médica nove minutos depois, às 19h19.

“Nas quatro horas seguintes esteve sempre em observação e vigilância médica e de enfermagem intensa no serviço de urgência. Entra em paragem cardiorrespiratória e é transferido para a sala de reanimação, onde acaba por falecer”, conta o hospital, salientando que “o doente foi assistido e tratado com todos os procedimentos e melhores práticas clínicas definidas a nível internacional”.

O CHLO lamenta que este caso tenha sido noticiado como “falta de assistência médica” e classifica esta informação como “factualmente incorreta” e “lamentável do ponto de vista da justiça para com os profissionais que tudo fizeram para que a situação pudesse ter um desfecho diferente”.

O centro hospitalar aproveita para recordar que todos os dias morrem utentes nos hospitais, que, apesar de devidamente tratados e atendidos, acabam por morrer devido às patologias graves que apresentam.

Para o hospital, “o tratamento abusivo desta informação e consequente potencial alarmismo gerado junto da população é desnecessário e sem fundamentos”.

A TVI noticiou que um homem morreu na segunda-feira, no Hospital São Francisco Xavier, enquanto esperava atendimento urgente.

Segundo a estação de televisão, o doente “deu entrada por volta das 19h00 nas urgências, devido a uma queda, e foi reencaminhado para o balcão de traumatologia com pulseira laranja, o que indica que devia ter sido atendido em 10 minutos”.