O despacho conjunto do Ministério da Saúde e das Finanças atribuiu ao Centro Hospitalar do Oeste “18 vagas para a colocação de médicos especialistas”, número que “ajudará a resolver carências em algumas especialidades em que a lista de espera é significativa e gostaríamos de a reduzir”, disse à agência Lusa Elsa Baião, presidente do Conselho de Administração (CA).
O aviso, publicado em Diário da República no dia 16, autoriza a colocação de médicos especialistas nas áreas de Anestesiologia (1), Cardiologia (1), Cirurgia Geral (2), Ginecologia/Obstetrícia (1), Medicina Interna (4), Neurologia (1), Oftalmologia (1), Ortopedia (1), Pediatria (1), Pneumologia (1), Psiquiatria (2), Radiologia (1) e Urologia (1).
A serem preenchidas todas as vagas “será um reforço importante para a melhoria da prestação de cuidados”, tanto mais que, pela especificidade de integrar três hospitais, “este centro hospitalar precisa de mais médicos”, acrescentou a presidente do CA.
Uma necessidade patente, por exemplo, “na obrigatoriedade de assegurar escalas para dois blocos operatórios” em dois serviços de urgência médico-cirúrgica (nos hospitais de Torres Vedras e das Caldas da Rainha), cuja capacidade de resposta “aumentará com a contratação de mais um anestesiologista”.
Elsa Baião sublinhou ainda a importância da abertura de vagas em especialidades como a Urologia, dado o CHO “não ter médico especialista no quadro e ter que recorrer a contratação externa", bem como do protocolo assinado em janeiro com o Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central para assegurar consultas e cirurgias aos doentes em lista de espera.
A insuficiência de médicos na especialidade de psiquiatria é também, desde 2015, suprida através de um acordo com o Centro Hospitalar Lisboa Norte.
A contratação de mais dois psiquiatras “permitirá que esta colaboração vá sendo faseadamente reduzida”, explicou Elsa Baião.
Já no que toca à Neurologia, Oftalmologia e Ortopedia, o reforço permitirá “reduzir os tempos de espera para consulta”, disse.
A expectativa da administradora do CHO é que “as vagas sejam preenchidas até ao final do ano”, juntando estes novos 18 médicos aos 23 especialistas admitidos em 2018 num concurso similar.
Ainda assim, “ficarão a faltar médicos no quadro e em áreas como a dermatologia e, sobretudo, em Otorrinolaringologia, em que ainda não conseguimos abertura de vaga”, concluiu a presidente do CA.
O CHO integra os hospitais das Caldas da Rainha, Torres Vedras e Peniche e abrange, além destes concelhos, as populações de Óbidos, Bombarral, Cadaval, Lourinhã e de parte dos concelhos de Alcobaça e de Mafra, servindo mais de 292.500 pessoas.
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