Dos 67 por cento dos inquiridos que são considerados sedentários, metade (49%) afirma que o exercício não é importante ou interessante para si, um aumento de seis pontos percentuais em relação a 2015, ano do inquérito anterior.

Entre os inquiridos sedentários, as caminhadas (25%) e o futebol (10%) são apontadas como atividade física favorita, mesmo que não sejam praticantes, mas uma percentagem de 36% diz que não gosta de qualquer exercício.

A percentagem de ativos diminuiu de 36% em 2015 para 33% em 2017, o que se atribui à descida na população com 45 ou mais anos, visível especialmente no Grande Porto e no Alentejo, com o Algarve a registar a única subida regional na população ativa.

Quanto aos 33% da população que são ativos mais de uma hora e meia por semana, 46% dizem que praticam exercício andando a pé, enquanto 17% escolhem o ginásio ou musculação e 12% o futebol.

Entre os ativos, 49% vê o exercício como uma obrigação, algo que sentem que devem fazer.

Em média, 25% dos ativos passa cerca de duas horas a correr, um número que desceu desde 2015, quando o tempo médio semanal passado em corrida ultrapassava as três horas.

Entre mais de mil pessoas entrevistadas, chegou-se à conclusão de que o tempo médio passado sentado é de 4,3 horas diárias, com uma percentagem significativa (29%) a admitir que está sentado entre cinco e dez horas por dia.

O inquérito foi apresentado publicamente hoje em Lisboa, no dia em que a Fundação Portuguesa de Cardiologia anuncia também a programação para as cinco semanas do Mês do Coração 2017, que se assinala em maio.

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O objetivo é destacar as vantagens do exercício físico para a prevenção de doenças cardiovasculares.

No estudo, realizado pela empresa Gfk Metris, foram entrevistadas no mês de abril 1216 pessoas que responderam a um questionário, selecionadas para ter uma amostra abrangente baseada nos critérios de idade, sexo, região e dimensão do agregado familiar.