Os números foram avançados pelo Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), especificado que "análises clínicas, raio x, cardiologia, audiologia, farmácia, neurofisiologia e cirurgias programadas são apenas algumas das áreas que ficam comprometidos com a ausência destes profissionais".

Esta é a segunda paralisação destes profissionais que, em julho, já tinham realizado uma greve e protestos em várias ilhas.

O vice-presidente do STSS, Fernando Zorro, sublinhou num comunicado enviado às redações que “os profissionais sentem-se injustiçados com a falta de respeito do Governo Regional dos Açores", do PS, "na negociação das suas carreiras, face ao que foi negociado com outras carreiras da saúde na região”.

“Ainda ontem [terça-feira] o grupo parlamentar [do PS], que apoia o Governo, rejeitou todas as propostas apresentadas pela oposição que apontavam no sentido da reposição da justiça para estes profissionais. Mais ainda, após diversos contactos, ainda não demonstrou disponibilidade para a marcação de reuniões de negociação. Tudo isto causa revolta nos profissionais, por isso, este nível de adesão tão elevado à greve. Todos os serviços que podiam estar fechados, fecharam. Nos restantes apenas estão a ser assegurados os serviços mínimos", disse o sindicalista.

A paralisação vai ficar marcada também por uma ação de protesto que se realizará hoje, ao início da tarde, em frente à Assembleia Legislativa Regional, na ilha do Faial.

A greve manter-se-á na quinta-feira.

Aqueles profissionais exigem a aplicação imediata da revisão da carreira, transições justas para os TSDT nas três categorias da carreira e uma grelha salarial equiparada a outras carreiras da Administração Pública, com o mesmo nível habilitacional e profissional.

Reivindicam ainda, que "todo o tempo de serviço e a avaliação de desempenho anterior ao processo de transição para a carreira especial dos TSDT releve para efeitos de progressão e alteração de posição remuneratória o correto descongelamento de todos TSDT efetuado na nova tabela salarial, independentemente do vínculo laboral".

"Está ainda em cima da mesa a aplicação integral do Acordo Coletivo de Trabalho publicado no Jornal Oficial da Região Autónoma dos Açores" de 11 de janeiro de 2019, refere o comunicado do sindicato.