Em declarações à margem da entrega do selo de excelência, em Santo Tirso, à primeira panificadora portuguesa a baixar o teor de sal no pão para um grama, o secretário de Estado confirmou estarem a decorrer conversações entre os ministérios da Saúde e das Finanças.

"Têm estado a dialogar para que muito em breve haja a confirmação desse apoio [para a construção da ala]" e que os "procedimentos administrativos sejam colocados no terreno nas próximas semanas", disse Fernando Araújo.

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A 18 de abril, o ministro da Saúde estimou que a nova ala pediátrica do hospital de São João, no Porto, deve estar concluída e pronta para acolher as crianças daqui a cerca de dois anos.

Já numa audição parlamentar na semana anterior, o ministro das Finanças, Mário Centeno, tinha referido que este Governo não faria lançamento de primeiras pedras sem um respetivo financiamento e planeamento, aludindo ao que fez o executivo de Pedro Passos Coelho.

A falta de condições de atendimento e tratamento de crianças com doenças oncológicas foi denunciada no início do mês por pais de crianças doentes que são atendidas em ambulatório e também na unidade do ‘Joãozinho', para onde são encaminhadas quando têm de ser internadas no Centro Hospitalar de São João

Na sexta-feira passada, o presidente da Associação O Joãozinho acusou o Ministério da Saúde e a administração do Centro Hospitalar São João (CHSJ) de fazerem "boicote político" às obras para a nova ala pediátrica.

"A obra foi bloqueada depois de o atual Governo ter entrado em funções em novembro de 2015, isso é verdade. Houve boicote político", declarou Pedro Arroja numa entrevista à Lusa no âmbito das verbas recolhidas pela Associação O Joãozinho nos últimos anos para construir a nova ala pediátrica do CHSJ.

A construtora Somague informou a Associação O Joãozinho a 02 de março de 2016, numa carta assinada pelo presidente do Conselho de Administração a que a Lusa teve hoje acesso, que iria suspender os trabalhos - contrato de empreitada de reabilitação e construção do espaço inserido no Hospital Pediátrico de S. João, porque não "houve disponibilização "das frentes de obra necessárias à execução dos trabalhos" e não houve "quaisquer datas para a respetiva libertação".

Sobre os três casos de sarna diagnosticados sexta-feira também naquele hospital, Fernando Araújo disse estarem "em fase de tratamento", mostrando-se convicto de que "será feito com sucesso" e precisando estar o Governo, "sobretudo, a prevenir, de modo a reduzir o risco para doentes e profissionais nesse contexto".