
A construção de uma nova unidade hospitalar foi assumida pelo novo executivo madeirense, liderado pelo social-democrata Miguel Albuquerque, como um dos compromissos do seu programa, tendo para o efeito sido constituído um grupo de trabalho para efetuar uma avaliação técnica da necessidade de um novo hospital para a Região Autónoma da Madeira.
A 30 de julho deste ano, este grupo entregou ao chefe do executivo o relatório final, apontando que a construção de um novo hospital era a “melhor solução”, em vez de apostar na reformulação da atual unidade.
Este projeto também foi considerado pelo anterior líder regional, Alberto João Jardim, como uma prioridade, tendo sido desencadeado o processo visando a sua construção com a elaboração de estudos e expropriações na zona oeste do Funchal.
Contudo, as dificuldades financeiras que levaram a Madeira a ter de assinar um programa de ajustamento com o Governo nacional, obrigaram a abandonar o projeto, tendo o executivo insular optado por efetuar obras no atual complexo situado na Cruz de Carvalho.
O sucessor de Alberto João Jardim voltou a apostar nesta prioridade e conseguiu que fosse incluído no programa eleitoral da coligação PSD/CDS-PP para as legislativas, “a construção ou ampliação de hospitais, nomeadamente os do Funchal”.
Também o primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, quando esteve na Madeira, na festa anual do PSD/M no Chão da Lagoa, em julho, assumiu publicamente o apoio a este projeto na Madeira.
O ex-secretário da Saúde da Madeira, Manuel Brito, que se demitiu do cargo e foi substituído por João Faria Nunes, no dia da apresentação do relatório final de avaliação declarou que os custos estimados para a construção e equipamento da nova unidade hospitalar, são de 250 milhões de euros, tendo por base os valores despendidos em idênticos projetos no território continental e que o horizonte temporal para a conclusão de uma obra desta envergadura era sete anos.
O projeto continua com a colocação do relatório final em discussão pública até dia 15 de setembro [em http://www.madeira.gov.pt/srs/] , uma consulta que o Governo Regional sublinha ter por objetivo “a recolha de sugestões e contributos por parte de todos os interessados”.
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