O presidente do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) manifestou hoje o seu apoio à prescrição por Denominação Comum Internacional (DCI) e afirmou que esta “serve os melhores interesses dos doentes”, ao contrário do que defende a Ordem dos Médicos.
Num texto assinado pelo presidente do SIM, e publicado no site do sindicato, lê-se que “o atual ministro da Saúde mexeu neste sector, como nenhum outro, deixando tudo e todos muito nervosos”.
“Esmagou margens, condicionou prescrição por DCI, obrigou a vencer uma inércia de anos e introduziu normas de orientação clínica, patrocinadas pela Direcção-Geral de Saúde, com aval tardio da Ordem dos Médicos, a que os médicos do «sistema» estão vinculados e ao qual devem obedecer, obrigando-se a justificar cientificamente as derivas, sem achismos, fé, impressão ou experiência pessoal”, prossegue o comunicado.
Carlos Arroz lembra que, “área hospitalar, os médicos estão habituados a limitações técnicas na prescrição pois adotam o Formulário Hospitalar Nacional de Medicamentos, FHNM, e têm que justificar quando dele se pretendem afastar”.
“Por mais que se debata, por mais páginas de jornais que se encham, mesmo que pagas, nada mudará o que é evidente. Nunca a política se suportou tão bem em ciência”, defende o presidente do SIM.
Para Carlos Arroz, “as teorias conspirativas ou pseudo científicas” não honram estes profissionais.
“Bem pelo contrário, colam-nos a guerras que não são nossas, afastam-nos da sociedade onde estamos inseridos, isolam-nos nas paisagens de águas quentes que, dizem, defendemos”, disse adiantando que “a prescrição por DCI é essencialmente segura e serve os melhores interesses dos doentes e da sociedade no seu conjunto”.
02 de novembro de 2011
@Lusa
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