A taxa de ataques cardíacos entre os que fumam cigarros eletrónicos é 34% mais alta do que entre os que não consomem estes produtos, quando excluídos outros fatores de risco como idade, género, índice de massa corporal, nível de colesterol, pressão arterial e consumo de tabaco, revela o novo estudo.

10 alimentos que ajudam a livrar-se da depressão
10 alimentos que ajudam a livrar-se da depressão
Ver artigo

Os utilizadores de cigarros eletrónicos têm 25% mais hipóteses de ter doenças cardiovasculares e 55% maior risco de sofrer de depressão ou ansiedade, segundo a investigação.

"Até agora sabia-se pouco sobre eventos cardiovasculares vinculados ao uso do cigarro eletrónico", apontou Mohinder Vindhyal, professor da Escola de Medicina da Universidade do Kansas e autor principal do estudo.

Chamada de atenção

"Esta informação é sem dúvida uma chamada de atenção e deveria promover mais ações e maior conscientização sobre os perigos dos cigarros eletrónicos", comenta.

O relatório não identifica, porém, uma relação de causa e efeito para esta observação.

Os estudos sobre os efeitos de consumir cigarros eletrónicos são relativamente novos, já que esses dispositivos chegaram ao mercado na última década.

Uma morte a cada 40 segundos: os sinais a que deve estar atento para prevenir o suicídio
Uma morte a cada 40 segundos: os sinais a que deve estar atento para prevenir o suicídio
Ver artigo

Os cigarros eletrónicos não contêm os mesmos produtos cancerígenos do tabaco. Porém, além do vício associado ao consumo da nicotina, os especialistas em saúde estão preocupados com os efeitos de aquecer cartuchos de nicotina líquida a altas temperaturas.

Relação causa-efeito por explicar

Para este estudo, os investigadores analisaram as respostas de quase 100.000 pessoas em 2014, 2016 e 2017.

Este tipo de estudo é preliminar e não chega a afirmar que consumir cigarros eletrónicos provoca problemas cardíacos nem a sugerir um mecanismo biológico sobre como isso poderia acontecer. Para chegar a essas conclusões, é necessário realizar investigações de longo prazo.