A assessoria de imprensa do Ministério da Justiça confirmou o convite dirigido ao Professor Francisco Corte Real para exercer as funções de presidente INMLCF, referindo que já foi obtido junto da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CRESAP), o respetivo parecer favorável.

"A nomeação terá agora de ser aprovada por resolução do Conselho de Ministros, nos termos do regime legal aplicável ao Instituto", adiantou.

A consumar-se a nomeação, Francisco Corte-Real, que já foi vice-presidente do INMLCF, irá render o juiz desembargador Francisco Brízida Martins, nomeado pela anterior ministra da Justiça para suceder a Duarte Nuno Vieira.

Indagado sobre a notícia avançada pelo Correio da Manhã de que existe um relatório que aponta para o desvio no INMLCF de mais de dois milhões de euros, entre 2006 e 2014, o gabinete da ministra da Justiça respondeu que "tomou conhecimento da informação remetida, em final de mandato, pela direção em exercício do INMLCF e disponibilizará todos os seus meios no sentido de apurar a veracidade dos alegados factos".

"Aguarda-se ainda a conclusão, pela Inspeção-Geral dos Serviços de Justiça, da ação inspetiva ordenada ao funcionamento do Instituto e que se encontra em fase de exercício do contraditório", adianta.

Segundo o relatório citado pelo Correio da Manhã, a direção de Duarte Nuno Vieira (presidente) e Francisco Corte-Real (vice-presidente) ordenou "a utilização dos trabalhadores, dos equipamentos e dos carros do INMLCF em eventos e cursos organizados por Associações Privadas, cujos corpos sociais eram constituídos por todos, ou pelo menos por alguns dos elementos da ex-direção do INMLCF.

O jornal refere que em causa estarão crimes de peculato e participação económica em negócio e que o caso já foi comunicado ao Ministério Público.