O Tribunal de Justiça de Pernambuco, no Brasil, decidiu, esta terça-feira, revogar o mandado de detenção emitido contra o cantor brasileiro Gusttavo Lima. O artista, conhecido sobretudo pelo êxito 'Balada', é um dos visados da Operação Integration, que investiga um esquema de branqueamento de capitais.
Segundo o portal G1, da Globo, a decisão foi tomada pelo desembargador Eduardo Guilliod Maranhão, um dia após a juíza Andréa Calado da Cruz ter decretado a prisão do cantor por, alegadamente, ter transportado outros dois visados na operação no seu avião privado e ajudado a que fugissem.
Para o desembargador, as justificações para a prisão de Gusttavo Lima constituem "meras ilações impróprias e considerações genéricas", não havendo indícios que o cantor tivesse ajudado fugitivos durante uma visita à Grécia.
"O embarque em questão ocorreu em 01/09/2024, enquanto que as prisões preventivas de José André da Rocha Neto e a Aislla Sabrina Henriques Truta Rocha foram decretadas em 03/09/2024. Logo, resta evidente que esses não se encontravam na condição de foragidos no momento do retromencionado embarque, tampouco há que se falar em fuga ou favorecimento e fuga", afirmou o desembargador.
Segundo tinha apontado a juíza, na decisão de segunda-feira, durante uma viagem à Grécia, "a aeronave transportou Nivaldo Lima [nome verdadeiro de Gusttavo Lima] e o casal de investigados, seguindo o trajeto Goiânia - Atenas - Kavala. No retorno, o percurso foi Kavala - Atenas - Ilhas Canárias - Goiânia, o que sugere que José André e Aislla possam ter desembarcado na Grécia ou nas Ilhas Canárias, em Espanha".
Cantor terá fugido para Miami, nos Estados Unidos
Segundo a imprensa brasileira, Gusttavo Lima terá fugido para Miami, nos Estados Unidos, num voo privado, horas antes de ser decretada a sua prisão na segunda-feira.
O cantor é proprietário de uma mansão avaliada em cerca de 65 milhões de reais (cerca de 11 milhões de euros) em Hollywood Beach.
Sublinhe-se que a Operação Integration já levou à detenção da advogada e influencer Deolane Bezerra por suspeitas de movimentar cerca de três mil milhões de reais (cerca de 487 milhões de euros) num "esquema de lavagem de dinheiro de jogos de azar".
Durante a operação, a 4 de setembro, foi apreendido um avião que pertencia a uma empresa de Gusttavo Lima, a Balada Eventos e Produções. Na altura, o cantor recorreu às redes sociais para defender que "não tem nada a ver" com a apreensão da aeronave, que foi "vendida no ano passado".
Leia Também: Justiça brasileira emite mandado de detenção contra cantor Gusttavo Lima
Comentários