Os números, que reportam a 01 de fevereiro, constam do site da Autoridade Nacional do Medicamento (Infarmed) e contabilizam 5.992 doentes com tratamento iniciado.

Dos doentes que já finalizaram o protocolo de tratamento, 1.202 estão curados e há 49 dados como doentes não curados.

O acordo entre o Estado e o laboratório que fornece os medicamentos inovadores para a hepatite C foi formalizado há um ano, tendo sido apresentado pelo então ministro da Saúde, Paulo Macedo, no dia 6 de fevereiro de 2015.

Contudo, os dados do Infarmed de doentes em tratamento incluem não apenas os doentes tratados por medicamentos no âmbito deste acordo.

Estado paga tratamento na totalidade

O acordo – assinado por dois anos - prevê o pagamento por doente tratado e não por tempo de tratamento ou quantidade de medicamentos. A comparticipação do Estado português nos dois medicamentos abrangidos pelo acordo é de 100%.

Tratou-se de fazer um acordo em que os custos são suportados pelo Estado quando o doente fica efetivamente curado e, caso não aconteça, o laboratório fornece outro tratamento.

O universo de doentes potencialmente abrangidos foi definido em 13 mil pessoas, um número que poderá ter oscilações, não só porque haverá um conjunto que não precisará do medicamento, como outros doentes novos a registarem-se.

Este acordo foi alcançado depois de meses de luta dos doentes para conseguirem obter o tratamento, processo que ficou marcado pela intervenção, na Assembleia da República, de um portador de hepatite C, José Carlos Saldanha, que interrompeu a audição do então ministro da Saúde pedindo-lhe que não o deixasse morrer.