O estudo liderado por Angelica Lindén Hirschberg e Niklas Zethraeus, do Instituto Karolinska, Anna Dreber Almenberg, da Escola de Economia de Estocolmo, ambos na Suécia, e Eva Ranehill da Universidade de Zurique, na Suíça, concluiu também que apesar destes efeitos negativos, os contracetivos orais combinados - de levonorgestrel e etinilestradiol - não provocam sintomas depressivos.

Para o estudo, os investigadores contaram com a participação de 340 mulheres saudáveis, com idades entre os 18 e os 35 anos, que foram divididas em dois grupos aleatoriamente.

Um grupo foi tratado, durante um período de três meses, com uma pílula composta por levonorgestrel e etinilestradiol, um fármaco prescrito em muitos países por ser considerado mais seguro por oferecer menos riscos de trombose. O outro grupo recebeu um placebo. Nenhum dos autores principais do estudo sabia que tratamento tinha recebido cada mulher.

Os resultados revelaram que as mulheres que tinham recebido as pílulas contracetivas consideravam ter uma qualidade de vida significativamente inferior às que tinham tomado os placebos. Segundo o estudo, a qualidade de vida em geral, os níveis de energia, o estado de humor, a sensação de bem-estar e o autocontrolo tinham sido afetados negativamente devido à toma dos contracetivos orais.

"Apesar de 100 milhões de mulheres em todo o mundo tomarem pílulas contracetivas, notavelmente sabemos muito pouco sobre o efeito desta na saúde da mulher", comentou Angelica Lindén Hirschberg, numa nota emitida pelo consórcio de investigadores.

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