A generalidade dos portugueses ingere poucos líquidos, arriscando maiores hipóteses de desidratação, e 20% só bebe água a contragosto.
As conclusões são do “Estudo sobre as motivações do consumo de líquidos pelos Portugueses”, desenvolvido pelo Instituto Português de Hidratação, e foram divulgadas hoje pela organizaçao do II Congresso Internacional de Nutrição e Saúde Pública, que decorre quinta e sexta-feira no Porto.
O trabalho analisou a média de ingestão de líquidos, motivações e flexibilidade de consumo, concluindo que cada português ingere, em média, 1,73 litros de líquidos por dia, uma quantidade abaixo do valor de referência proposto pela Autoridade Europeia de Segurança Alimentar, que é de dois litros diários para uma mulher e dois litros e meio para um homem.
A pesquisa também mostrou que 20 por cento da população afirma não gostar de beber água.
O Instituto Europeu de Hidratação (IEH), que vai ser apresentado em Portugal durante o congresso do Porto, adverte, entretanto, que a sede pode não ser sempre o melhor indicativo de que o corpo precisa de água.
Os alimentos com alto teor de água, tais como frutas, legumes ou sopas, também podem contribuir significativamente para atingir o consumo total diário de água, acrescenta o IEH.
“Muitas pessoas desconhecem quais as quantidades de líquidos que devem ingerir para obter os benefícios de uma boa hidratação. Há também uma falta de consciência do papel que têm diferentes tipos de bebidas na dieta alimentar”, sublinha o presidente do Comité Científico do Instituto, Ronald Maughan.
O IEH que foi criado há 12 meses e é a primeira instituição europeia a concentrar-se, exclusivamente, na hidratação humana e no seu impacto na saúde, bem-estar e desempenho.
O instituto considera que a hidratação é uma questão de saúde pública que não tem sido reconhecida como uma prioridade em muitos países europeus.
Fonte: Lusa
2010-09-23
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