5 de março de 2013 – 10h05
Ter o vírus da sida aumenta o risco de uma pessoa sofrer um ataque cardíaco em cerca de 50%, confirmou um estudo publicado esta segunda-feira nos Estados Unidos, que vem ao encontro de investigações anteriores.
O estudo, realizado em três grupos etários, concluiu que a incidência média do ataque cardíaco foi consistente e significativamente maior no caso dos seropositivos.
Depois de classificados segundo a ocorrência de doenças, hábitos tabágicos, consumo de álcool e outros fatores de risco, como hipertensão e colesterol elevado, os indivíduos seropositivos que participaram no estudo demonstraram ter um risco 50% maior de sofrer um ataque cardíaco do que as pessoas não infetadas.
Na investigação, publicada nos Archives of Internal Medicine, do Journal of the American Medical Association (JAMA), foram acompanhados 82.459 norte-americanos, na maioria homens.
O estudo foi conduzido por Matthew Freiberg, da Escola de Medicina da Universidade de Pittsburgh.
Estudos anteriores demonstraram que a ativação crónica do sistema imunológico associada à infeção por VIH causa inflamações nas artérias que aceleram o processo de envelhecimento e deixam a pessoa mais vulnerável a doenças associadas ao envelhecimento.
Outra investigação publicada em julho pela JAMA demonstrou que os seropositivos têm duas vezes mais propensão a ataques cardíacos ou acidentes vasculares cerebrais em comparação com saudáveis.

SAPO Saúde com AFP