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Número de fumadores nos Estados Unidos diminuiu de 43% em 1964 para 18% em 2012
17 de janeiro de 2014 - 17h09
Uma das autoridades mais importantes e conceituadas na área da saúde dos Estados Unidos, o cirurgião geral Boris D. Lushniak, ampliou no último relatório a lista de doenças que têm o tabagismo como causa, um texto que chega 50 anos depois do primeiro documento oficial do governo que associou o tabaco ao cancro do pulmão. No documento publicado esta sexta-feira, o governo considera que fumar tem uma relação de causa-efeito com o cancro do fígado, do cólon, diabetes melito de tipo dois, degeneração macular associada à idade, disfunção erétil e artrite reumatóide.
O tabagismo, segundo o mesmo relatório, também provoca inflamação, perda de visão, prejudica o sistema imunológico e aumenta o risco de morrer de tuberculose e de ter uma gravidez extra-uterina.
Estas doenças foram associadas ao tabagismo anteriormente, mas neste relatório o governo norte-americano conclui o tabagismo como uma das causas.
O relatório conclui que não há evidências suficientes para assegurar que o tabaco cause cancro da próstata, nem da mama, mas neste último caso as provas são "sugestivas", indica o documento.
O documento também assinala que os fumadores de hoje em dia têm um risco mais alto de desenvolver cancro do pulmão que os de há 50 anos.
Em 1964, o governo dos EUA concluiu pela primeira vez, num histórico e polémico relatório que fumar provoca doenças mortais, como o cancro do pulmão. Desde então, o número de fumadores no país diminuiu: em 1965, 43% dos adultos consumiam tabaco, em 2012 o número situou-se nos 18%.
Apesar deste progresso, o tabagismo é principal causa de morte prematura no páis, com 400 mil mortes.
SAPO Saúde com agências
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