Questionado pela agência Lusa, o conselho de administração da Unidade Local de Saúde do Baixo Alentejo (ULSBA), que gere o SUB de Castro Verde, no distrito de Beja, confirmou a avaria e disse que já está a tratar da reparação do aparelho.

O equipamento está avariado desde o dia 02 de março, precisa o BE, num comunicado enviado à Lusa, considerando "incompreensível uma avaria tão prolongada de um equipamento imprescindível como meio complementar de diagnóstico numa unidade de urgência aberta 24 horas por dia" e que serve os concelhos de Castro Verde, Aljustrel, Almodôvar, Ourique e Mértola, no distrito de Beja.

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Segundo o Núcleo de Castro Verde do BE, "o encerramento do serviço de radiologia" do SUB "tem custos elevados" e traz "riscos e incómodos para doentes, por vezes em situações traumáticas", que são "obrigados a deslocar-se" a Beja ou a Aljustrel e, no caso de consultas, "desviados para o setor privado".

O BE "exige respostas e soluções urgentes" por parte da administração da ULSBA e do Ministério da Saúde e "estranha o silêncio" da Câmara de Castro Verde "ao fim de mais de dois meses de inativação do serviço de radiologia do SUB".

O conselho de administração da ULSBA explicou à Lusa que o aparelho de radiologia do SUB de Castro Verde "sofreu uma avaria" no início do passado mês de março, "tendo sido acionados, de imediato, os meios para a sua reparação, com a intervenção de um técnico especializado e o diagnóstico do problema".

Do diagnóstico resultou a necessidade de substituição de uma peça "apenas disponível em Itália", a qual "foi encomendada via Serviço de Utilização Comum dos Hospitais" e a ULSBA aguarda que seja entregue "a qualquer momento" para se poder finalizar a reparação do aparelho, explica.

Segundo o conselho de administração da ULSBA, durante o período em que se aguarda a reparação do aparelho, "todos os doentes atendidos no SUB de Castro Verde com necessidade de meios complementares de diagnóstico/RX convencional" são encaminhados para o hospital de Beja ou para o Centro de Saúde de Aljustrel ou para "privados na área de influência".

Contactado pela Lusa, o presidente da Câmara de Castro Verde, António José Brito (PS), escusou-se a reagir à afirmação do BE sobre estranhar "o silêncio" do município sobre o caso.

Segundo o BE, o caso, além de poder implicar o apuramento de "eventuais negligências", "é mais uma consequência da política de cortes e cativações na saúde por opção política do Governo PS, que sacrifica o investimento nos serviços públicos à redução do défice para [o ministro das Finanças] Mário Centeno mostrar serviço em Bruxelas".