
No documento, os enfermeiros referem que o CHBV “aplicou as regras de descongelamento apenas aos enfermeiros com contrato de trabalho em funções públicas e, excluindo os Contratos Individuais de Trabalho, promoveu uma inadmissível discriminação negativa”.
“Está escrito na lei que o descongelamento das progressões na carreira seria para todos os trabalhadores das Hospitais EPE (Entidade Pública Empresarial) e isso englobava também os Contratos Individuais de Trabalho, mas aqui estão-nos a tratar de forma discriminatória e nós não entendemos porquê”, disse à Lusa a enfermeira Graça Tavares.
Sem qualquer progressão em 15 anos
O Sindicato dos Enfermeiros Portugueses diz que há enfermeiros que trabalham no CHBV desde 2003 e “nunca tiveram qualquer progressão salarial, sendo desta forma apagados 15 anos de exercício profissional”.
“É um bocado discriminatório nós trabalharmos nos mesmos sítios, temos todos as mesmas competências e não temos perspetivas de progressão”, disse Graça Tavares.
Face ao que dizem ser uma “intolerável injustiça”, os subscritores exigem a imediata aplicação, “justa e coerente”, das regras relativas ao descongelamento das progressões.
Para além da entrega do abaixo-assinado, a Direção Regional de Aveiro do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses promoveu uma concentração de enfermeiros hoje à tarde em frente ao Hospital de Aveiro.
Estas ações estão inseridas na greve dos enfermeiros que se iniciou na quarta-feira para exigir ao Governo que apresente uma nova proposta negocial da carreira de enfermagem que vá ao encontro das expectativas dos profissionais e dos compromissos assumidos pela tutela.
A paralisação nacional que também decorreu hoje, repete-se nos dias 16, 17, 18 e 19 de outubro, dia em que está marcada uma manifestação em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa, para exigir do Governo o cumprimento dos compromissos que assumiu mo processo negocial de 2017.
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