O presidente do SE, Pedro Costa, disse a jornalistas que uma das principais questões discutidas é o elevado absentismo, a rondar os 30%, num universo de cerce de 700 profissionais.
“São vários problemas e que têm desmotivado cada vez mais estes colegas que se sentem desapoiados, dado que o conselho de administração não dá respostas e nem sequer os recebe. O tempo vai passando, o descongelamento das carreiras ainda está por fazer”, disse Pedro Costa no final do encontro com os profissionais do CHBV.
Os serviços de cirurgia, obstetrícia e urgência são alguns dos exemplos onde, segundo o sindicato, se registam “cargas horárias excessivas” e faltam profissionais.
“Há enfermeiros que deixam o Hospital porque procuram instituições onde são mais valorizados e alguns profissionais devido ao cansaço físico e emocional acabam por estar esgotados e entrar de baixa”, disse o presidente do SE.
São prestadas “horas a mais” para cumprir os rácios de segurança em cada serviço, o que é desgastante para os enfermeiros que se queixam de que no pós-pandemia “há que fazer a recuperação em todos os cuidados de saúde e o trabalho é a dobrar”.
“Estamos a sofrer com as consequências de uma gestão restritiva e os enfermeiros estão a ressentir-se de todo este desgaste físico e emocional”, adiantou.
Outro problema sentido é a desmotivação: “falta a valorização e progressão na carreira, havendo enfermeiros com 30 anos de serviço que estão neste momento a ganhar exatamente o mesmo dinheiro do que os colegas que iniciam funções”, disse o presidente do SE, adiantando que o sindicato vai pedir uma reunião com urgência ao Conselho de Administração.
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