“O vírus não foi nunca detetado nesta espécie de mamíferos, neste caso, no cão”, afirmou à agência Lusa.
Contudo, a infeção tem uma “expansão zoonótica”, sendo comum a animais e seres humanos. Aliás, na génese da doença estão os morcegos da fruta que povoam as árvores de grande porte em África, mas outros animais também podem ser infetados, como grilos, chimpanzés ou antílopes.
Sobre o caso do cão da auxiliar de enfermagem contaminada com Ébola, Francisco George disse que as autoridades espanholas agiram tendo em conta que “no plano da precaução” o cão poderia ter a infeção e ser uma fonte eventual de transmissão.
“No plano da precaução, a questão do cão foi considerada como importante, porque não se sabe até que ponto o cão pode ou não ter a infeção e se é, portanto, uma fonte eventual de transmissão”, afirmou o diretor-geral.
No entanto, Francisco George mostrou-se convencido de que o cão terá sido recolhido para análise, mostrando desconhecer o seu destino final.
Excalibur, o cão da auxiliar de enfermagem espanhola infetada com o vírus Ébola, foi morto na quarta-feira por decisão das autoridades espanholas, anunciou a Comunidade de Madrid, em comunicado.
A sua eutanásia provocou manifestações de defensores da causa animal na capital espanhola e uma petição que defendia a sua colocação em quarentena, em vez da morte, recolheu 374 mil assinaturas.
O animal apresentava “um risco de transmissão da doença ao homem”, justificou-se a Comunidade de Madrid, num comunicado emitido 40 minutos depois da retirada do Excalibur do domicílio da doente.
O animal foi anestesiado antes de ser morto, “para evitar o seu sofrimento”.
Na terça-feira, o Departamento de Saúde da comunidade madrilena argumentara que a informação existente mostra que “os cães podem ser portadores do vírus mesmo sem terem sintomas”.
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