Os trabalhadores do Hospital de Braga exigem ser incluídos no acordo de 20 de setembro, que prevê as carreiras e que foi aplicado a todos os hospitais do SNS, para assim "acabar com as enormes desigualdades e discriminação" existentes, quer a nível salarial, quer a nível de horário semanal de trabalho.
"Isto provoca que em todos os hospitais EPE os assistentes operacionais façam 35 horas e ganhem 635 euros. Aqui, em Braga, ou fazem 35 horas e ganham 519 euros de salário base ou fazem 40 e ganham 600 euros", exemplificou à agência Lusa, antes da concentração, o dirigente do Sindicato em Funções Públicas e Sociais do Norte (STFPSN), afeto à CGTP, Orlando Gonçalves.
À chegada a Lisboa, o representante deu conta de que estão presentes em Lisboa, esta tarde, 250 destes trabalhadores.
Com camisolas pretas que têm inscrito na frente “Chega de Injustiça” e nas costas “Hospital de Braga”, os manifestantes chegaram à Avenida João Crisóstomo pelas 15:40, com buzinas e gritando palavras de ordem como “35 horas semanais para todos os hospitais”, “injustiça”, “o povo unido jamais será vencido”, “a luta continua”, “chega de injustiças, queremos igualdade” ou “ministra escuta, Braga está em luta”.
Presente na manifestação esteve a deputada Paula Santos, do PCP, que, numa breve declaração aos presentes, se mostrou solidária com a luta destes trabalhadores, salientando que a “luta continua”.
À porta do Ministério da Saúde encontra-se um cordão policial.
Numa nota enviada na tarde de hoje à Lusa, o Ministério da Saúde, liderado pela ministra Marta Temido, refere que neste "início de nova legislatura e decorridos apenas dois meses sobre a passagem do Hospital de Braga para a esfera pública, a manutenção da qualidade de cuidados de saúde aos utentes tem sido a prioridade central”.
“Considerando as legítimas expectativas dos profissionais de saúde, o processo de negociações do Conselho de Administração com os profissionais está a ser acompanhado pelo Ministério da Saúde”, acrescenta a tutela.
O Hospital de Braga funcionava em regime de parceria público-privada, até ao dia 01 de setembro, tendo passado para a alçada do SNS nessa data, ficando como entidade pública empresarial (EPE).
Orlando Gonçalves acrescentou que os trabalhadores vão aprovar uma resolução durante este protesto, a qual pretendem fazer chegar à ministra Marta Temido.
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