Num comunicado, o CHS indicou que, “além de equipamentos de suporte respiratório - dois ventiladores -, com a ajuda das mais diversas entidades e a coordenação do Serviço Municipal de Proteção Civil já foi possível angariar por doação e manufatura um conjunto de equipamentos de proteção individual”.
Parte desse equipamentos de proteção individual foi feito nos últimos dias pelas costureiras das marchas populares de Setúbal.
Habituadas a conceber os adereços e trajes para as marchas, Antónia Nascimento e Cecília Candeias decidiram meter mãos à obra e começaram a produzir protetores de botas e máscaras em tecido especial e adequado para ambiente hospitalar.
“Estávamos a falar, um pouco aborrecidas, por não sabermos se vai haver marchas este ano, e a minha colega sugeriu que fizéssemos máscaras para o Hospital São Bernardo”, disse à agência Lusa Antónia Nascimento, adiantando que fizeram um contacto prévio com a Câmara Municipal e que o próprio hospital disponibilizou um tecido apropriado para os equipamentos de proteção individual.
“Começámos na terça-feira com o material que nos deram e, na quarta-feira, já entregámos 100 protetores de botas ao hospital. Acredito que esta quinta-feira ainda conseguiremos entregar cerca de 200 máscaras”, acrescentou Antónia Nascimento, que se afirma “feliz por poder ajudar quem está a ajudar os outros”.
De acordo com a Proteção Civil Municipal, o contributo das duas costureiras não deverá ficar por aqui, uma vez que deverão integrar um grupo de mais algumas costureiras, que, entretanto, também manifestaram disponibilidade para ajudar o CHS e que vão fazer "batas, calças e outros equipamentos de proteção individual para os profissionais de saúde”.
No comunicado, o CHS agradece a todas as empresas e particulares que têm contribuído para dotar o Hospital São Bernardo com melhores condições de trabalho para os profissionais de saúde que estão na linha da frente do combate à covid-19.
São cerca de duas dezenas de empresas as que têm contribuído, nas quais as incluem as maiores do distrito de Setúbal, como a Navigator, Volkswagen Autoeuropa, Secil, Sapec e Visteon, entre outras, mas também instituições de ensino como o Instituto Politécnico de Setúbal (IPS).
O CHS, que integra o Hospital São Bernardo, em Setúbal, e o Hospital Ortopédico Sant’Iago do Outão, não refere, mas fonte da Proteção Civil Municipal revelou à agência Lusa que os dois ventiladores, portáteis, foram oferecidos pela empresa petrolífera Galp, e já estarão disponíveis no Serviço de Infecciologia do Hospital São Bernardo.
Além destas ajudas, tem havido também uma mobilização de diversos grupos de pessoas para a recolha de donativos financeiros, que, segundo o CHS, serão depositados numa conta da Liga de Amigos do Hospital Ortopédico Sant’Iago do Outão, com o IBAN PT50001000006023412000219.
O Centro Hospitalar de Setúbal promete divulgar oportunamente o montante e o destino dado aos fundos recolhidos.
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