
A notícia é avançada pelo jornal Público.
Há doentes com problemas de saúde mental que depois de terem sido internados compulsivamente recebem alta e ficam sem qualquer acompanhamento, correndo o perigo de descompensarem. A denúncia é feita por Jorge Costa Santos, presidente da Comissão para Acompanhamento da Execução do Regime de Internamento Compulsivo.
A Lei de Saúde Mental prevê, desde 1998, que o internamento compulsivo de doentes mentais se faça de acordo com de regras legisladas e validadas pelos tribunais. A mesma lei prevê a existência de uma comissão para receber reclamações, visitar hospitais, recolher dados e comunicar com os internados.
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O médico e professor de Psiquiatria na Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa Jorge Costa Santos diz que alguns destes doentes, muitos sem rede familiar, "perdem-se na comunidade" pouco depois de terem alta.
"Deixam de tomar a medicação e descompensam", relata ao referido jornal. Por vezes, voltam a ser internados ou ficam "sem qualquer tipo de apoio terapêutico", adianta.
Não existem dados nacionais sobre o número de pessoas que são internadas compulsivamente desde 2007.
Em 2007, último ano em que há dados, os internamentos compulsivos representavam quase 10% das admissões de doentes em psiquiatria (1911 em 19.356).
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