“Gostava de sublinhar que esta reforma [do SNS] está a ser construída há muitos meses, não é uma coisa feita em cima do joelho, é uma reforma fundamentada e que está a ser estruturada”, afirmou Fernando Araújo no 2.º Simpósio da Organização Mundial da Saúde (OMS) dedicado ao futuro digital, evento realizado pela primeira vez em Portugal e que decorre no Porto.
O responsável falava sobre a criação de 31 novas Unidades Locais de Saúde (ULS), que se juntam às oito já existentes, a partir de 01 de janeiro de 2024.
Fernando Araújo referiu que esta reforma é “complexa e exigente” e vai demorar algum tempo a implementar no terreno.
“No dia 01 de janeiro não esperamos que haja uma alteração major”, disse.
Dizendo que esta reforma é “seguramente a maior que o SNS está a fazer nestes cerca de 44 anos”, o diretor-executivo garantiu que as alterações não são apenas administrativas, mas vão ajudar o SNS.
“O SNS não pode continuar como está. Está com graves dificuldades e temos de prepará-lo para o futuro”, vincou.
Confiante de que esta reforma do SNS vai corresponder às necessidades, Fernando Araújo reafirmou que está de acordo com as “boas práticas internacionais” e que é feita com e para as pessoas.
O foco nas ULS – que integram os hospitais e os centros de saúde numa mesma instituição e gestão - é nas pessoas, organizando, assim, as respostas em função das pessoas.
Na semana passada, e em declarações à Lusa, o diretor-executivo do SNS explicou que as ULS vão englobar todos os Agrupamentos de Centros de Saúde (ACES), que são mais de 40, grande parte das funções das cinco Administrações Regionais de Saúde (ARS) e os cinco hospitais do setor público administrativo.
De fora das ULS ficam os três institutos portugueses de oncologia, acrescentou.
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