28 de agosto de 2013 - 17h36
A Direção-Geral de Saúde alertou hoje para a concentração de fumo na zona do Porto, em resultado dos incêndios a lavrar no distrito, recomendando que crianças, idosos, grávidas e doentes com asma devem permanecer no interior de edifícios.
“Os incêndios são uma das maiores fontes de emissão de poluentes gasosos e libertação de partículas para a atmosfera, com repercussões na qualidade do ar e na saúde humana”, refere nota enviada pelos Serviços de Prevenção da Doença e Promoção da Saúde da DGS, intitulada “efeitos sentidos na zona do Porto em resultado dos incêndios na envolvente”.
Segundo a Proteção Civil, quatro incêndios estão ainda em curso no distrito do Porto, com mais de 290 bombeiros a combater as chamas (Amarante, Baião, Póvoa de Varzim e Marco de Canaveses).
A DGS lembra que “a concentração de fumo pode variar constantemente ao longo do dia e afetar pessoas que se encontram em locais mais afastados da área onde ocorre o incêndio” e que “a principal ameaça para a saúde resultante do fumo provém das partículas que constituem um poluente atmosférico que pode afetar a saúde”.
“Os principais sintomas são: irritação nos olhos, nariz, garganta e tosse. Pode haver risco de agravamento de doenças respiratórias”, alerta a direção-geral de saúde segundo a qual “os efeitos dos incêndios podem ser sentidos com maior intensidade em grávidas, crianças, doentes com problemas respiratórios, doentes com problemas cardíacos, trabalhadores ao ar livre e população envolvida nas imediações de um incêndio”.
Nesse sentido, é recomendando que “a população em geral deve reduzir os esforços prolongados, limitar a atividade física ao ar livre e evitar a exposição a fatores de risco, tais como o fumo do tabaco e o contacto com produtos irritantes”.
Já “as crianças, os idosos, as grávidas, os doentes com problemas respiratórios crónicos, principalmente asma, e os doentes do foro cardiovascular (…) devem, se possível, permanecer no interior dos edifícios com as janelas fechadas e utilizar sistemas de purificação do ar ou ar condicionado”.
Às pessoas que se encontrem na proximidade de um incêndio e que necessitem de permanecer no exterior, a DGS recomenda que “devem proteger a boca e nariz com lenços húmidos”.
Lusa