Desenvolvidas por especialistas da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, estas novas diretrizes relativas à terapia de células T de recetor de antígeno quimérico foram publicadas na Nature Reviews Clinical Oncology. Neste artigo, são descritas as aprendizagens que vários cientistas tiveram em vários campos para identificar sinais e sintomas precoces de toxicidade relacionada ao tratamento, assim como novas maneiras de os gerenciarem.
A terapia CAR-T envolve a remoção de células T do paciente, a reengenharia e a introdução delas no corpo, onde atacam as células cancerígenas. A FDA aprovou a primeira terapia CAR-T para crianças e jovens adultos com leucemia linfoblástica aguda no ano passado, sendo que estudos atuais estão a tentar direcionar este tratamento para outros tipos de cancro.
"Esta terapia tem sido associada a taxas de resposta notáveis em crianças e adultos jovens com este tipo de leucemia, contudo, esta forma inovadora de imunoterapia celular resultou em toxicidades únicas e severas que podem levar a rápida deterioração cardiorrespiratória e/ou neurológica", explicaram os cientistas, que afirmaram que esta terapia requer a vigilância médica de uma equipa multidisciplinar diversificada e de infraestruturas adequadas que garantam resultados ideais para os pacientes.
Como a CAR-T está, cada vez mais, a ser utilizada, as diretrizes do tratamento, o treino abrangente de equipa multidisciplinar e outras medidas devem facilitar o gerenciamento apropriado das toxicidades que podem ocorrer após o tratamento.
Ao reunir especialistas de várias áreas, incluindo pediatras, farmacêuticos, neurologias e investigadores de imunoterapia translacional, as diretrizes oferecem aprendizagens únicas aos profissionais de saúde e visam ajudar a melhorar a experiência e o resultado do paciente.
"Este programa, denominado CARTOX, fornece a supervisão de mais de 20 protocolos ativos de pesquisa de células imunológicas e esperamos que estas novas diretrizes sirvam como um novo modelo importante para o atendimento de pacientes sujeitos à CAR T", disseram os cientistas.
Fonte: PIPOP
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