A descoberta deverá aumentar a compreensão da biologia na origem do MDD, vulgo depressão, e abrir novos caminhos para o seu tratamento, afirma a equipa responsável pelo estudo publicado na revista científica Nature Genetics.
A depressão é considerada um transtorno mental que a maioria dos especialistas acredita que seja causado por uma combinação de fatores genéticos e ambientais. De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão é uma das principais causas de invalidez, afetando cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo.
O transtorno pode causar mudanças de humor, fadiga e perda de sono e de apetite.
Este novo estudo é o primeiro a encontrar associações genéticas com o MDD entre pessoas de ascendência europeia.
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"Esperamos que estes resultados ajudem mais pessoas a compreender a depressão e a vê-la como uma doença do cérebro com biologia própria", comenta o co-autor do estudo Roy Perlis, do Hospital Geral de Massachusetts. "Agora vem o trabalho difícil de encontrar novos entendimentos para desenvolver melhores tratamentos", acrescentou Perlis, em comunicado, escreve a agência de notícias France Presse.
A equipa usou dados de perfis genéticos de mais de 450.000 pessoas, partilhados voluntariamente para serem usados em investigação clínica. Cerca de 121.000 relataram um histórico de depressão.
Elisabeth Binder, do Colégio Europeu de Neuropsicofarmacologia, diz que o estudo é um avanço importante para a genética da depressão. A descoberta representa "um primeiro vislumbre de luz no horizonte para médicos e pacientes de que, no futuro, poderemos ser capazes de basear o diagnóstico e o tratamento na biologia", ressalta a cientista.
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