Numa nota alusiva à Semana Mundial de Vacinação, que decorre de 24 a 30 de abril, aquela agência das Nações Unidas refere que no mundo cerca de 18,7 milhões de crianças não completam o calendário de vacinação e estão expostas a doenças que colocam em risco a sua vida.
O documento frisa que cerca de dois terços das crianças por vacinar vivem em países afetados por conflitos armados, que degradam os principais serviços de saúde, incluindo a vacinação, e sublinha que Angola, embora tenha ultrapassado essa fase, enfrenta gora desafios económicos "que colocam em risco a manutenção dos ganhos alcançados até agora".
Acrescenta que o atual cenário epidemiológico em Angola, marcado particularmente por um surto de febre-amarela, que já afetou 16 das 18 províncias, e causou já mais de 250 óbitos, "é um sinal mais que evidente da necessidade de se prestar maior atenção à questão da vacinação como medida de prevenção".
O representante do UNICEF em Angola, Francisco Songane, reiterou o apoio que aquela agência da ONU se comprometeu a dar ao Governo angolano, quer a nível central quanto provincial, no reforço do sistema de vacinação associado a outras intervenções que garantam sustentabilidade.
"A nossa organização apoia o fortalecimento do sistema de vacinação de rotina, garantindo que este alcance as famílias mais vulneráveis e aquelas que residem nas áreas rurais, pois isto permite reduzir drasticamente a morte de crianças menores de 5 anos", disse Francisco Songane, citado no comunicado.
Por sua vez, o representante da Organização Mundial de Saúde (OMS) em Angola, Hernando Agudelo, frisou a importância de se vacinar não só crianças, mas todas as pessoas, para se evitar doenças que se podem prevenir pela vacinação.
Angola enfrenta há cerca de três meses dificuldades na administração da vacina BCG, contra a tuberculose, aos recém-nascidos, em falta no país.
Recentemente, o governador da província de Luanda, Higino Carneiro, disse que o Governo disponibilizou verbas específicas para a aquisição dessa vacina.
Na semana mundial da vacinação, os países são convidados a implementar ações de reforço da vacinação, particularmente nas áreas de baixa cobertura vacinal, com equipas móveis e avançadas, com promoção de mensagens pelos diferentes canais de comunicação.
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