“Temos grande preocupação quanto à forma como os primeiros resultados da investigação sobre a covid-19 foram comunicados e questões quanto ao procedimento usado para conseguir chegar a eles”, declarou o conselheiro de segurança nacional, Jake Sullivan, em comunicado.

“Para perceber melhor esta pandemia e preparar a próxima, a China deve permitir o acesso aos seus dados sobre os primeiros dias da epidemia”, acrescentou.

O diretor da OMS, Thedros Ghebreyesus, disse na sexta-feira que, após a missão de especialistas na China, todas as opções estão em aberto para explicar a origem do novo coronavírus, SARS-CoV-2, que causa a doença covid-19.

“Quero confirmar que todas as hipóteses permanecem em aberto e requerem mais análise e estudo”, disse o responsável, depois de a missão de especialistas ter, numa conferência de imprensa, em Wuhan, descartado a hipótese de o vírus ter tido origem num laboratório.

Ghebreyesus disse que a equipa que foi à China “não encontrou todas as respostas, mas forneceu informações importantes” que permitem estar mais próximo “do conhecimento da origem do vírus”.

O diretor da OMS explicou que a missão – formada por especialistas de 10 países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e Rússia – divulgará um relatório preliminar da sua visita na próxima semana, que será ampliado nas próximas semanas e explicado numa nova conferência de imprensa dada pela equipa de especialistas.

Ghebreyesus referiu que a missão – que contou também com especialistas da Organização Mundial da Alimentação (FAO, na sigla em inglês) e da Organização para a Saúde Animal (OIE, na sigla em inglês) – decorreu “em circunstâncias muito difíceis”.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.384.059 mortos no mundo, resultantes de mais de 108,1 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.