Uma equipa de investigadores e alunos liderada por Norberto Pires, do Departamento de Engenharia Mecânica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UC, "desenvolveu um modelo de viseira, de fácil produção e montagem, que disponibilizou livremente para ser utilizado por qualquer cidadão no fabrico" do material, através de impressoras 3D, anunciou hoje a Universidade de Coimbra, em nota de imprensa enviada à agência Lusa.
Segundo a nota de imprensa, com base no modelo desenvolvido já foram produzidas em colaboração com empresas cerca de dez mil viseiras, que serão entregues a unidades de saúde da região Centro, sendo o objetivo alargar esse número, reunindo cada vez mais entidades neste esforço.
"Com a disponibilização livre deste modelo de viseira, a Universidade desafia a comunidade a envolver-se e produzir, na medida das suas possibilidades, viseiras com as suas impressoras 3D para oferecer aos serviços de saúde da sua região", refere Norberto Pires, citado na nota de imprensa.
Para garantir um maior volume de produção, o projeto envolveu empresas de moldes e de injeção de plástico para "ajudar na produção em massa destas viseiras", acrescentou.
"Foi possível mobilizar empresas, entidades como os Clubes de Rotários e muitas outras instituições, que permitiram reunir os recursos para um esforço de ajuda incondicional, que sentimos ser a nossa obrigação. É para nós muito animador, e para mim em particular, poder verificar que ex-alunos, agora empresários, empresas com que realizamos muitos trabalhos de I&D [Inovação e Desenvolvimento] e de desenvolvimento competitivo, se unem a nós num esforço coletivo que nos orgulha e certifica que estamos a fazer bem", vincou Norberto Pires.
Na nota de imprensa, é deixado ainda um apelo para que outros se juntem ao projeto.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 791 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 38 mil.
Depois de surgir na China, em dezembro de 2019, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 160 mortes, mais 20 do que na véspera (+14,3%), e 7.443 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 1.035 em relação a segunda-feira (+16,1%).
Portugal, onde os primeiros casos confirmados foram registados no dia 02 de março, encontra-se em estado de emergência desde as 00:00 de 19 de março e até às 23:59 de 02 de abril.
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