As cartas foram enviadas para a Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Alemanha, Hungria e Suécia, destacando o risco de "fragmentação e interrupções da livre circulação e das redes de abastecimento", disse o porta-voz da Comissão Europeia, Christian Wigand.
A Comissão admitiu a sua preocupação de que as medidas ultrapassem as recomendações adotadas há quatro meses no bloco, que procuravam um equilíbrio "proporcional" entre travar a propagação do coronavírus e restringir os movimentos de pessoas.
Por conta disso, Bruxelas deu aos países um prazo até ao fim desta semana para responder às cartas. Caso não receba uma resposta, pode teoricamente iniciar procedimentos por violação das leis da UE.
A Alemanha, no entanto, rejeitou energicamente a afirmação de que as suas restrições ao tráfego para a região do Tirol, na Áustria, e da República Checa e Eslováquia contradigam as recomendações da UE.
"Rejeito a acusação de que não cumprimos com a legislação da UE", disse em Bruxelas o ministro alemão de Assuntos Europeus, Michael Roth.
A carta da Comissão à Alemanha, consultada pela AFP, dizia que esse país não estava a aplicar todas as isenções de proibição estabelecidas pelas recomendações da UE, e alegava que a propagação de variantes do coronavírus na República Checa e Eslováquia não era pior do que em outros países do bloco.
O objetivo da UE, segundo a carta, é "a preservação do funcionamento do mercado único em um período económico volátil, assim como a proteção da vida familiar em uma época de contactos sociais significativamente reduzidos fora do núcleo familiar".
Os líderes da UE debaterão a situação do vírus no bloco na quinta e sexta-feira, numa reunião virtual.
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