“É plausível que filipinos desconheçam que têm COVID-19, uma vez que não apresentam sintomas, expondo o seu lar, a comunidade e o seu local de trabalho ao risco de infeção”, observou o relatório, hoje citado pelas agências internacionais.
“Este grupo de filipinos não está a receber o tratamento adequado devido à falta de diagnóstico", acrescentou o estudo.
A estimativa de pessoas infetadas avançada pelo estudo representa 2,6% da população das Filipinas, percentagem muito superior quando comparada com outros países e territórios da região, tais como Indonésia, Malásia, Singapura ou Tailândia.
A metodologia utilizada no estudo centrou-se no recálculo do número provável de casos com base na taxa de letalidade da doença COVID-19.
Numa conferência de imprensa, a subsecretária da Saúde filipina, Maria Rosario Vergeire, admitiu a necessidade de analisar as conclusões deste estudo, garantindo, no entanto, que atualmente os hospitais do país estão todos a receber doentes com COVID-19, o que significa que todos os pacientes diagnosticados estão a receber os tratamentos adequados.
As Filipinas confirmaram hoje 4.339 novas infeções com o novo coronavírus, com o país a totalizar 178.022 casos, incluindo 2.883 vítimas mortais, um número que tem vindo progressivamente a aumentar desde março.
Desde o início da pandemia, as Filipinas, país com mais de 108 milhões de habitantes, testaram cerca de dois milhões de pessoas, o que representa 1,85% da população.
Na terça-feira, o diretor da região do Pacífico Ocidental da Organização Mundial da Saúde (OMS), Takeshi Kasai, insistiu que a pandemia está a entrar numa “nova fase”, referindo que a doença COVID-19 está a ser disseminada por jovens que não sabem que estão infetados.
O responsável destacou, por exemplo, que mais de metade dos casos nas Filipinas estão concentrados nas faixas etárias entre os 20 e 40 anos, que são maioritariamente assintomáticos ou que apresentam sintomas leves, como tal transmitem o vírus sem saberem.
A pandemia da doença COVID-19 já provocou pelo menos 787.918 mortos e infetou mais de 22,4 milhões de pessoas em todo o mundo, desde dezembro, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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