As medidas, que afetam sobretudo bares e restaurantes, aplicam-se a mais oito prefeituras do norte, centro e oeste, onde foi elevado o nível de alerta sanitário.
No entanto, as autoridades não declararam nessas prefeituras o estado de emergência, em vigor em Tóquio e noutras cinco regiões do país até 31 de agosto.
Quase metade das 47 prefeituras do Japão estão atualmente sob algum tipo de alerta sanitário devido à aceleração do contágio que tem sido observada em todo o país desde meados de julho.
O novo recorde de infeções na capital japonesa é o segundo consecutivo, depois de na quarta-feira as autoridades sanitárias terem registado 4.166 casos.
Os casos adicionais elevaram o total para 236.138 infeções em Tóquio.
A nível nacional, o Japão registou mais de 14.000 casos na quarta-feira, num total de 970.460, com pelo menos 15.228 mortes desde o início da pandemia.
“As infeções estão a alastrar a um nível sem precedentes na área metropolitana e noutros locais”, disse o primeiro-ministro, Yoshihide Suga, citado pela agência Kyodo, no final de uma reunião do comité consultivo de peritos de saúde do Governo.
Suga disse que a variante Delta está a aumentar no Japão e é já responsável por cerca de 90% dos casos em Tóquio, com o resto do país também com níveis elevados desta alteração do vírus SARS-CoV-2, considerada mais infecciosa.
“Com o aumento dos infetados, o número de doentes em estado grave está também a aumentar”, alertou o primeiro-ministro.
O ministro responsável pela resposta à pandemia no Japão, Yasutoshi Nishimura, disse que o número de doentes com COVID-19 em estado grave duplicou no país nas últimas duas semanas, colocando o sistema de saúde sob tensão.
Face à pressão sobre o sistema de saúde, o Governo decidiu esta semana que os doentes com COVID-19 com sintomas moderados ficam isolados em casa, em vez de serem tratados em hospitais.
O plano visa destinar camas hospitalares quase exclusivamente para os doentes com sintomas graves, ou em risco de os desenvolver, e marca uma grande mudança na política, numa altura em que os novos casos na capital mais do que triplicaram desde o início dos Jogos Olímpicos, em 23 de junho.
O primeiro-ministro tem sido criticado por ter insistido em organizar os Jogos Olímpicos apesar das reservas da população devido à COVID-19, mas tem negado que haja uma relação entre o evento e o aumento de casos.
As autoridades de cada prefeitura são responsáveis por aplicar as medidas que considerem necessárias para conter o contágio, embora na maioria dos casos se concentrem em limitar os horários de abertura dos bares, restaurantes e bares de karaoke e em proibir a venda de álcool.
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